Mago o Despertar Cyberpunk - Parte 5
Antagonistas
A vida na Metrópole não é fácil, os Estratos são antagônicos por natureza, uma vez que se separa a
espécie humana por “qualidade”, o ostracismo e xenofobia das camadas superiores
criam cidadãos paranoicos com eventuais rebeliões, os Alfas e Betas tem um
constante receio dos Gamas, Deltas e Ômegas, que se se unissem causariam uma
guerra civil, e por esta razão oprimem socialmente (restringindo os Distritos
onde os Estratos inferiores podem entrar), politicamente (Os Deltas e Ômegas
não tem voz na Metrópole, não possuindo representantes de seus Estratos,
dependendo da boa vontade dos Gamas de se lembrarem deles) e até mesmo
fisicamente (O Protoalimento, embora ofereça todos os nutrientes necessários
para a manutenção do corpo humano, não é nem de longe um alimento saudável, de
procedência duvidosa, seus consumidores são muito pálidos e magros, não
possuindo uma expectativa de vida muito alta).
Em decorrência disso, a Tecnocracia é pressionada
constantemente a tomar certas medidas para apaziguar os eventuais rompantes de
conflito, seja através de medidas “positivas” como as Casas dos Sonhos e
distribuição de drogas relaxantes e alucinógenas, bem com os Castigos (que vêm
se tornando cada vez mais frequentes).
Uma vez que um cidadão dos Estratos se torna um Tecnocrata,
independente de qual camada ele tenha vindo, ele automaticamente é separado da
sociedade, afinal ele é um Privilegiado, possuí os dons da Visão, é superior
até mesmo aos arrogantes Alfas, mas, as ligações com seus amigos e familiares
do Estrato de origem são difíceis de cortar, criando situações complicadas,
onde Tecnocratas agem ativamente para amenizar o sofrimento de sua camada de
origem.
A Igreja da
Transfiguração
Os Mensageiros
espalharam a Palavra do Deus-Máquina pela Metrópole, a promessa da Evolução Final que garantiria a
ascensão da raça humana há um estado de divindades imortais enche os cidadãos
de esperança, pois pelo transumanismo
qualquer preço é suportável.
Com o tempo surgiram os autointitulados Arautos da Transfiguração, pessoas que diziam ser guiadas pelos
designíos dos Mensageiros e que deveriam impulsionar a humanidade à abandonar
suas figuras de “barro” e se entregarem a uma nova forma de existência à imagem
e semelhança do Deus-Máquina.
Não demorou muito para que as primeiras Igrejas da Transfiguração fossem fundadas, os Estratos mais baixos
viam conforto em suas palavras enquanto os Estratos mais altos viam uma forma
de adquirir ainda mais vantagens. A
Tecnocracia não aprova os Transfiguracionistas,
mas mantém um acordo silencioso e vista grossa sobre seus métodos, pois
veem isso como uma forma de controle social infelizmente necessário.
É graças ao medo que os Arautos incutem no coração das
pessoas que ninguém se atreve a sair da Metrópole e se aventurar pela
Wasteland, espalhando rumores sobre a terrível radiação que rompe a carne,
sobre os Zekas, e de como o
Deus-Máquina não olha por aqueles que saem portões afora da Metrópole. Para
firmar esse jogo psicológico, os Transfiguracionistas aplicam castigos severos
em seus dissidentes, como o exílio, onde o “pecador” é obrigado a abandonar a
Metrópole apenas com as roupas do corpo, lançado na Wasteland sem o menor
pudor, enquanto o infeliz queima e implora para voltar para dentro dos muros
toda a Igreja é obrigada a observar em silêncio o seu triste fim. Alguns, em
desespero correm em direção às ruinas do velho mundo, em busca de abrigo e
proteção, e, segundo os relatos dos Arautos, são capturados pelos Zekas que os
tornam em monstruosidades.
A Igreja da Transfiguração guarda segredos ainda mais
obscuros: possivelmente eles planejam se tornar os substitutos da Tecnocracia,
a desacreditando perante os Estratos e trazendo mais adeptos para suas
congregações, mas o que ninguém sabe é que os Arautos da Transfiguração são na
verdade Mensageiros Caídos, Demônios que um dia foram Anjos do Deus-Máquina,
que adquiriram consciência de si mesmos e buscam destruir tudo que Ele criou, e
para isso usarão de todos os métodos para conseguir seu intento.
Os Filhos da Bomba
Quando houve o holocausto nuclear milhões de pessoas
morreram, os que sobreviveram logo se deterioraram em decorrência da radiação,
mas, algo aconteceu em certos lugares devido ao poder nuclear das armas de
destruição em massa: os Zeka.
Por serem as bombas nucleares uma herança dos Magos
Inomináveis, criadas a partir dos poderosos arcanos da Matéria, Forças e
Primórdio, os lugares onde estas caíram queimaram em uma fraca cópia do Fogo da
Vida, as vítimas destruídas de alguma forma desconhecida, se recompuseram em
amalgamas de órgãos, ossos, membros e carne uns dos outros, nascendo das cinzas
das cidades destruídas. As novas criaturas, os Zekas, se levantaram as
centenas, gritando em seus partos dolorosamente antinaturais, suas mentes
repletas de lembranças distorcidas de dezenas de pessoas, sem saberem onde
estavam e, principalmente, o que eram!
Como insetos atraídos pela luz, eles avistaram a Torre da
Concórdia ao longe, sentindo a energia da poderosa Metrópole eles vagaram pela
Wasteland, como uma horda faminta por conforto, por respostas, por um sentido
para tudo aquilo. Mas, ao chegarem aos muros da redoma foram atacados
violentamente pela Tecnocracia, eles em sua parco vocabulário só conseguiam
gritar “Por que?”, enquanto viam seus companheiros serem derrubados sem
misericórdia, eles fugiram para as ruínas, e seu pranto virou ódio, os anos
passaram e eles aprenderam a organizar seus pensamentos, aprendendo com as
lembranças das pessoas em suas mentes, descobriram que a radiação os
fortalecia, e logo eles eram milhares, aprenderam a se multiplicar, ainda mais
quando encontram “matéria prima”, prometendo que tornariam toda a Metrópole em
seres tão repugnantes e hediondos quanto eles próprios.
Os Simbiontes
Os Planinautas em
suas expedições pelas muitas Dimensões,
ocasionalmente conseguem capturar espécimes nativos destes planos, e o trazem
para seus laboratórios pessoais na Metrópole. Com o avançar de suas pesquisas
com estes seres, os Planinautas descobriram que eles detinham certa
compatibilidade com os humanos, ficando mais próximos dos cientistas que
detivessem certos tipos de pensamento ou sentissem determinadas emoções.
Quando uma comunicação rudimentar foi estabelecida,
descobriu-se que muitos desses seres desejavam se unir aos seres humanos,
sentir suas sensações, e o Projeto
Simbionte deu-se início. Os Planinautas testaram em diversos animais a
possibilidade de fundir um ser extraplanar com um ser da terceira dimensão, mas
os resultados se demonstraram insatisfatórios e inconclusivos, sendo
descartadas várias cobaias, era então necessário um passo mais ambicioso: se
valendo dos criminosos da Metrópole os Planinautas usaram estes seres humanos
como cobaias, e os resultados foram melhores do que os previstos.
A Fusão criava algo totalmente novo, um ser de aparência
aterradora, que refletia a natureza da criatura extraplanar. Os Simbiontes
foram expostos ao público como uma forma de provar que a Tecnocracia em breve
poderia levar a humanidade a outras Dimensões, para um novo lar longe da
radiação, ou seja, um passo a mais para a Evolução Final. Mas, algo deu errado,
os Simbiontes saíram de controle, eles detinham habilidades que os Tecnocratas
desconheciam, e seus ataques eram devastadores, as fugas eram sinônimas de calamidade,
e os Simbiontes logo aprenderam a se esconder do olhar incansável dos
Precognitores, vivendo entre os Ômegas e eventualmente invadindo as camadas
superiores em busca de libertar seus irmãos que ainda continuam presos nos
laboratórios da Tecnocracia.
Os Modificados
Estes são provavelmente os maiores desgosto da Tecnocracia,
os Artificialistas em busca da
melhoria da espécie humana se focaram na criação de Androides e Inteligências
Artificias capazes de auxiliá-los em seus objetivos. Todos os Estratos
possuíam uma Máquina em seus lares e trabalhos, que eram totalmente
subservientes aos seres humanos. Logo os Artificialistas perceberam que suas
criações eram muito superiores aos habitantes da Metrópole, com seus corpos de
metal e silício eram invulneráveis a maioria das mazelas que poderiam matar um
ser humano; com suas mentes artificiais conseguiam raciocinar muito mais rápido
e tomar decisões usando-se de pura
lógica, isso os levou a conclusão de que a Evolução Final viria através das
Máquinas, e assim começaram a criação dos Modificados.
Os Modificados inicialmente eram voluntários que tinham
partes de seus corpos removidas e substituídas por peças robóticas, melhores e
mais eficientes. Não demorou para que, ao exemplo dos Planinautas, os Artificialistas
começassem a usar criminosos em seus experimentos mais radicais. Os resultados foram surpreendentes, os
cyborgs Modificados detinham o melhor dos dois mundos: a criatividade humana e
a inteligência e resistência das Máquinas.
De alguma forma, entretanto, tal conhecimento da criação dos
Modificados vasou para os Estratos, que destruindo seus companheiros Androides
em busca de suas peças, começaram a fazer modificações em si mesmos. Tais transformações
sem controle criaram sérios problemas para a Tecnocracia, pois os Doutrinadores
não conseguiam dar conta dos poderosos cyborgs revoltosos, sendo necessário, em
um conluio com a Igreja da Transfiguração, determinar que todo aquele que
maculasse sua carne com peças mecânicas cometia um crime contra o Deus-Máquina.
Os Tecnocratas determinaram a total destruição dos Modificadores, que fugiram
para as camadas mais baixas em busca de abrigo, e eventualmente atacando os
Artificialistas a procura de peças.
Os Sucateiros
Quando alguém passa pela Iluminação, automaticamente a
Tecnocracia o recruta para suas fileiras, ele querendo ou não, se valendo de
chantagem e até mesmo lavagem cerebral se necessário assim for.
Não é raro saber de histórias de pessoas que foram mortas sem
nenhum motivo aparente, fugindo dos Doutrinadores pelas ruas. “Ninguém Escapa
da Tecnocracia”.
Mas, existem aqueles que conseguem escapar, os Sucateiros,
que são considerados mais como lendas urbanas do que outra coisa. Tais
indivíduos Iluminados se recusaram a seguir os planos da Tecnocracia, e fogem
para as profundezas subterrâneas da Metrópole, com o tempo tais pessoas
aprendem as Faculdades de forma
indireta, seja com outros Sucateiros ou através de lugares proibidos dentro da
Teia Digital.
Os Sucateiros sabem que se forem encontrados serão
exterminados ou forçados a entrar para a Tecnocracia, e por isso sabotam todos
os planos que envolvam o Conclave, destruindo suas fábricas, quebrando as
barreiras que limitam distritos, desencavando segredos obscuros da União e
divulgando na Teia Digital e etc.
Os seus planos são apenas especulações, mas acredita-se que
por trás de cada revolta dos Estratos exista a mão dos Sucateiros por trás, que
com seus equipamentos alternativos (leia-se: construídos através de restos),
eles operam todo um submundo de intrigas e conspirações, tentando libertar a si
mesmo e a sociedade do julgo dos Tecnocratas e da Igreja da Transfiguração. Dizem
até mesmo que estes indivíduos estão reunindo Simbiontes e Modificados para sua
causa, prometendo uma liberdade verdadeira para além da “balela” da Evolução
Final pregada pelo status quo.
Os Viciados
A Teia Digital é um dos pilares de controle da Tecnocracia, é
através dela que os Codificadores implantam na mente da população ideias em
prol da causa da Evolução Final. Cada linha da Teia Digital é uma porta para
uma realidade digital, sendo algumas delas públicas para todos os Estratos,
outras restritas a determinadas camadas, e outras ainda restritas a certos
indivíduos ou à membros da Tecnocracia.
As Casas dos Sonhos são populares, principalmente pelos
Estratos mais baixos, pois assim que uma pessoa entra na Teia Digital tem todos
os seus desejos realizados: dinheiro, fama, paz, sexo... tudo que a pessoa
imaginar é possível de ser reproduzido e sentido da Teia Digital, assim, muitos
cidadãos acabam vivendo mais no virtual do que no real, sendo desplugados
apenas para trabalhar, conseguir Créditos (o dinheiro da Metrópole) e voltar
para a Teia. O tempo dentro da Rede passa de forma diferente do mundo real,
variando de programação à programação: 5 minutos podem parecer uma vida
inteira, enquanto em outros momento, horas não passaram de minutos.
Certos indivíduos acabam por se viciar na Teia Digital,
podendo fazer de tudo para voltarem para “sua realidade”, estes acabam entrando
em contato com o mercado negro da Metrópole em busca de equipamentos que os
permitam entrar na Rede sem precisar irem a uma Casa dos Sonhos, e por
consequência ficam longe da supervisão dos Codificadores. Ocorre que tais
transmissões piratas são mantidas apenas por certo período de tempo, pois a
mente detém certos limites para permanecer conectada, então os Viciados
aprenderam que, se atacarem outras pessoas dentro da Rede, absorverem
digitalmente as informações de suas mentes, seu tempo conectado se amplia,
criando verdadeiros Seriais Killer digitais. As vítimas dos viciados tem um fim
lamentável: suas mentes são destruídas e seus corpos acabam entrando em um coma
profundo irreversível, enquanto o Viciado acaba por adquirir lembranças de suas
vítimas, e traços de suas personalidades, podendo se passar por suas vítimas,
digitalmente, e enganar seus familiares e amigos.
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Vamos colocar os Sucateiros e Igreja da Transfiguração botar pra f... quebrar !! kkkkkkkk
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